Namorar ou ficar? (Namoro: Ontem, Hoje, Amanhã) – Flávio Gikovate
- 22:00
A partir dos anos 1960, houve aceleração relevante das mudanças sociais: surgimento da pílula anticoncepcional, crescente presença das mulheres nas universidades e no mercado de trabalho, aumento significativo da vida média, avanços tecnológicos (internet em especial), o “ficar”, alteração dos padrões de beleza, aumento do tempo dedicado ao lazer…Os namoros ganharam um ingrediente erótico mais livre e as divergências entre os que se amam trouxeram mais conflitos, uma vez que as opções de lazer cresceram muito e a submissão feminina decresceu. Alianças entre opostos entraram em crise, apesar delas ainda representarem a maior parte dos elos sentimentais (o que não deixa de ser curioso). Afora uma pressa menor das moças em quererem se casar e a introdução mais explícita do ingrediente erótico, os namoros mudaram pouco: as moças ficavam aflitas para se casar aos 22-23 anos e agora se angustiam da mesma forma só que aos 26-27 anos! As festas de casamento continuam na moda, apesar do número de divórcios só tender a crescer…
Penso que o futuro irá contemplar mais solidamente as alianças entre pessoas afins, irá também deixar mais livres aqueles que, mais individualistas, decidirem não se casar e não ter filhos e uma verdadeira liberdade sexual, com menor influência dos padrões propostos pela indústria pornográfica
Gravada no dia 15 de junho de 2012 em Campinas.
O Café Filosófico CPFL vai ao ar na TV Cultura às 22h.