Como a Copa e a Olimpíada podem mudar a cara do Brasil
Qual a imagem que o Brasil tem lá fora? E qual a imagem que o próprio país tem para os brasileiros? Na palestra Cidades-sedes da Copa 2014: oportunidades, da série Cidades, sem água e sob águas: desafios para 2014, o engenheiro químico e ambientalista Cláudio Langone levantou essas questões para começar sua apresentação.
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Como a Copa e a Olimpíada vão mobilizar toda a sociedade brasileira, para Lagone é a oportunidade de mostrarmos a cara do Brasil. “Temos notado uma mudança na forma que os estrangeiros veem o Brasil. Isto está relacionado ao protagonismo do país no exterior e ainda não percebemos esta mudança de imagem de Rio, carnaval e Amazonas”, afirmou, citando os principais estereótipos ainda relacionados ao brasileiro.
Uma chance de mostrar nossa diversidade está justamente nas sedes. A recomendação da Fifa é de no máximo oito cidades e teremos 12, um número grande, mas que abrangerá todos os biomas do país. Para Langone, as parte mais importante das obras para estas cidades serão as de circulação e mobilidade.”Em Pequim, nos dias de maiores competições, tinham que fazer feriado pra viabilizar o tráfego”, alertou dando um exemplo da Olimpíada de 2008.
O despreparo no turismo reflete a imagem que o país passa para o estrangeiro e para o brasileiro. Segundo o palestrante, ainda não exploramos todo nosso potencial. “Apesar da Amazônia ter sua maior parte no Brasil, o turismo está muito mais presente nos outros países que também possuem parte da floresta”.