versão para tv | da revolução à dissidência: a filosofia francesa depois de maio de 1968, com pierre zaoui
a maioria das revoluções que conhecemos acabaram reproduzindo exatamente aquilo que elas combatiam. a dissidência não é um modelo de tomada radical do poder. significa inscrever-se no interior de um sistema, tomar partido, sem jamais acreditar que se pode revolucioná-lo completamente. assim foi maio de 1968… que ainda não terminou. maio de 1968 desestabilizou as categorias clássicas da política, quebrou os paradigmas, pulverizou o niilismo e continua a fazê-lo ainda hoje. foi uma revolução que não causou mortes; foi política, mas não queria tomar o poder. foucault, deleuze e derrida, os filósofos rebeldes, nos ajudam a re-pensar a política do pós-maio de 1968, cada um à sua maneira. eles propõem a política da felicidade e do intolerável como alternativa à política clássica do medo e da esperança. uma revolução que ainda está em marcha…