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anticlímax das sociedades contemporâneas – foucault e deleuze e derrida frente à crise

com curadoria de scarlett marton, livre-docente em filosofia.

hoje nós nos sentimos indivíduos adestrados? temos a impressão de sermos estritamente vigiados? ou estamos em permanente exposição? em que medida vivemos em uma sociedade disciplinar? ou em uma sociedade de controle? ou ainda em uma sociedade mediática?

nos anos 1970, caminhando em direções bem diferentes, foucault, deleuze e derrida desenvolveram uma reflexão crítica de rara acuidade, criando conceitos de grande alcance. em que medida o chamado “pensamento rebelde” ainda mantém sua força explicativa? em que medida ele vem auxiliar a compreender melhor nossa sociedade? em que medida pode contribuir para refletir sobre os problemas do nosso tempo?

gravado em junho de 2010.

serie (8): anticlímax das sociedades contemporâneas – foucault e deleuze e derrida frente à crise

  • versão para tv | poder e luto originário, com frédéric worms

    Os pensadores franceses dos anos 60 estão ligados a uma certa imagem de França e nos ajudam a entender as implicações decisivas de nosso presente. Três deles são essenciais: Foucault, Deleuze e Derrida. Expoentes dos anos 60, eles se focalizaram nos anos precedentes para prever os subseqüentes e nos permitem assim, compreender nossa atualidade. Eles pensaram a vida, mas nunca de uma maneira direta e simples, como se a vida fosse um objeto ou um fato, ou uma essência diretos. Eles a abordam sempre de uma maneira indireta, de maneira critica, de praticas de poder, através da linguagem, da política. Os últimos textos escritos por Derrida, Foucault e Deleuze, pouco antes de morrer, falam da vida. E é porque eles sempre abordam a vida de maneira indireta que eles têm algo a nos ensinar hoje.
  • versão para tv | a vida pode ser fora das normas? com guillaume le blanc

    O que significa dizer que a Filosofia avança em direção à tolerância, ao respeito dos outros pensamentos ? Significa que ela busca afrouxar o curso das normas dentro das quais as existências estão contidas. A vida esta’ em relação estreita com as normas e estas normas são plurais, múltiplas. Entre, inclusão, exclusão e precariedade, onde cada um de nós se situa? Se resvalamos para a margem, para a periferia da sociedade, nos tornamos um fora-das-normas, um excluído do jogo social, um condenado pela maldição social? Segundo Guillaume Le Blanc, a margem não é simplesmente o que esta’ fora do mapa de uma sociedade, mas também algo que abre novas formas de vida
  • versão para tv | foucault, deleuze, derrida: pensamento rebelde e heranças cruzadas, com elisabeth roudinesco

    Três homens, três pensamentos, três fortes influências na História contemporânea da Filosofia e da Psicanálise. Eles quebraram regras, mudaram estruturas, revolucionaram a psiquiatria humanizando a “loucura” e falaram da vida e da morte como nunca havia sido feito. Três gerações que se cruzaram e o que os uniu foi mais forte do que o que os separou. Estruturalista, pós-estruturalista ou anti-estruturalista, a geração que reuniu três tem em comum o fato de ter questionado a natureza do sujeito e de criticado violentamente as ilusões das “Luzes”. Eles pensaram sobre o status do sujeito, do indivíduo nas sociedades liberal e pós-liberal. Eles pensaram também, a amizade, a fidelidade, a infidelidade, o adeus e a morte.
  • versão para tv | da revolução à dissidência: a filosofia francesa depois de maio de 1968, com pierre zaoui

    a maioria das revoluções que conhecemos acabaram reproduzindo exatamente aquilo que elas combatiam. a dissidência não é um modelo de tomada radical do poder. significa inscrever-se no interior de um sistema, tomar partido, sem jamais acreditar que se pode revolucioná-lo completamente. assim foi maio de 1968... que ainda não terminou. maio de 1968 desestabilizou as categorias clássicas da política, quebrou os paradigmas, pulverizou o niilismo e continua a fazê-lo ainda hoje. foi uma revolução que não causou mortes; foi política, mas não queria tomar o poder. foucault, deleuze e derrida, os filósofos rebeldes, nos ajudam a re-pensar a política do pós-maio de 1968, cada um à sua maneira. eles propõem a política da felicidade e do intolerável como alternativa à política clássica do medo e da esperança. uma revolução que ainda está em marcha...
  • versão para tv | foucault, deleuze e derrida frente à crise, com scarlett marton e convidados

    este programa, que reúne ideias de frédéric worms, guillaume le blanc, pierre zaoiu e elizabeth roudinesco, investiga em que medida vivemos em uma sociedade disciplinar. ou em uma sociedade de controle? ou ainda em uma sociedade mediática? nos anos 1970, caminhando em direções bem diferentes, foucault, deleuza e derrida desenvolveram uma reflexão crítica de rara acuidade, criando conceitos de grande alcance. em que medida o chamado “pensamento rebelde” ainda mantém sua força explicativa? em que medida ele vem auxiliar a compreender melhor nossa sociedade? em que medida pode contribuir para refletir sobre os problemas do nosso tempo?
  • versão para tv | poder, imanência e luto originário, com frédéric worms

    worms argumenta que o principal problema contemporâneo é o viver, a partir do qual a maioria das crises é subjacente. mas e foucault, deleuze e derrida? são justamente estes filósofos, segundo worms, que nos permitem compreender que o problema do viver é urgente nos tempos atuais. o palestrante criou a hipótese que a questão do viver compõe o núcleo problemático das filosofias daqueles autores, que de certo modo antecederam o que viria a ser o grande problema contemporâneo.
  • versão para tv | a vida pode ser fora das normas?, com guillaume le llanc

    o que significa dizer que a filosofia avança em direção à tolerância, ao respeito dos outros pensamentos? significa que ela busca afrouxar o curso das normas dentro das quais as existências estão contidas. a vida está em relação estreita com as normas e estas normas são plurais, múltiplas. entre, inclusão, exclusão e precariedade, onde cada um de nós se situa? se resvalamos para a margem, para a periferia da sociedade, nos tornamos um fora-das-normas, um excluído do jogo social, um condenado pela maldição social? segundo le blanc, a margem não é simplesmente o que esta’ fora do mapa de uma sociedade, mas também algo que abre novas formas de vida.

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