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para entender o futuro do corpo e da saúde: filosofia e psicanálise

com curadoria de andré martins, psicanalista e pós-doutor em filosofia.

em que mundo vivemos? em um mundo de aparências, do corpo perfeito, da juventude eterna, da obrigação de estarmos sempre bem, sempre sarados, sempre com tudo em cima, sempre apolíneos? apolo e narciso se confrontam  ferozmente à longa hegemonia de sócrates e platão. todavia, nosso mundo é também e cada vez mais, um dionísio artístico.

o que há em comum a essas duas contemporaneidades é o mesmo solo epistêmico de valorização do corpo e da natureza, como também da saúde. em que mundo queremos viver? isso depende de uma sintonia, de uma atitude, de uma compreensão e de uma prática. optaremos pela falta, isto é, pela busca irrefreada de uma suposta abundância? ou pela potencialização do que somos e podemos ser, desenvolvendo-nos criativamente?

gravado em maio de 2010.

serie (3): para entender o futuro do corpo e da saúde: filosofia e psicanálise

  • versão para tv | corpo e saúde na contemporaneidade, com andré martins

    Quando, na modernidade, o homem pretendeu subjugar a natureza, como se fôssemos separados dela, a medicina criou para si uma definição negativa da saúde como ausência de doença, ao que hoje acrescentou-se em um ideal de corpo e saúde perfeitos. Contudo, utilizando as teorias de Canguilhem, Spinoza, Nietzsche e Winnicott, veremos em que sentido é também na contemporaneidade que uma definição positiva de saúde se torna possível e mais do que desejável. Gravado em 28 de maio de 2010.
  • versão para tv | corpo e cultura: a propósito de uma grande saúde, com carlos josé martins

    Tomando algumas de nossas práticas corporais como sintomas de nossa cultura, não poderíamos interrogar o seu grau de saúde e vitalidade? Neste sentido, o que haveria de positivo em alguns dos traços emblemáticos de nossa cultura que nos caberia sobretudo afirmar e não somente reduzir à mera alienação? Trata-se de colocar em perspectiva nossa saúde cultural à luz de alguns autores – como Nietzsche, Foucault, Deleuze, Spinoza, Gilberto Freire – que frisaram a relevância do papel do corpo como expressão de vitalidade cultural e singularidade de um estilo de vida. Gravada no dia 7 de maio de 2010.
  • versão para tv | corpo e intensidade: a saúde como capacidade de experimentar a vida em sua constante mutabilidade e desvio, com hélia borges

    O corpo vem sendo tema de pesquisas e intervenções cada vez mais elaboradas, produzindo um ideal de prazer ilimitado, fazendo com que o homem tenha cada dia mais dificuldade em lidar com os limites da própria vida. É sobre o corpo em sua qualidade sensível que incidem as formas de dominação, resultando em um processo de anestesiamento de seu campo intensivo. Com Foucault, Deleuze, Winnicott, Reich, Stern e Angel Vianna, pensaremos a possibilidade de desajuste das codificações corporais instituídas, viabilizando a capacidade de reinventar-se, necessária à afirmação da vida. Com Hélia Borges. Palestra do módulo Para entender o futuro do corpo e da saúde: filosofia e psicanálise, de André Martins. Gravada em 14 de maio de 2010.

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