uma visita à concepção trágica da vida (a tragédia grega e alguns filósofos trágicos posteriores) pode ser um recurso de enfrentamento dos fantasmas da utopia na medida em que coloca o homem diante de uma indagação ancestral: somos senhores de nosso destino? Qual o alcance da liberdade humana? No que os processos utópicos foram causa de uma modernidade covarde? Vida perfeita, sexo perfeito, amor perfeito, personalidade perfeita, liberdade perfeita, juventude eterna, todos fantasmas de um mau infinito. Em que medida o herói trágico, aquele que luta sabendo que jamais vencerá, pode ser um modelo mais humano diante desses fantasmas? Seria a tragédia uma visão mais madura da condição humana?
gravado em junho de 2009.
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