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a morte como acontecimento

a morte como acontecimento, que tem curadoria do filósofo daniel lins, é a morte como singularidade. o acontecimento é único, imprevisível, sem horizonte. e neste sentido que a morte é o acontecimento por excelência. a arte cristã fornece ao imaginário inúmeros motivos oriundos dos ícones e da pintura de devoção: que pode a arte contra a morte? pensar a morte como acontecimento não seria pensar a vida como uma bela arte? trata-se de convocar os fluxos de vida como bela arte: a arte de inventar outra memória presente nos vivos e naqueles que nascerão.

gravado em outubro de 2008.

serie (1): a morte como acontecimento

  • íntegra | tanatopolítica: regulamentos ocultos da morte dos outros, com márcia tiburi

    assim como a vida, a morte é, sobretudo, uma questão política. michel foucault tratou da biopolítica, o cálculo que o poder faz sobre a vida, junto da tanatopolítica, cálculo do poder sobre a morte. nas sociedades autoritárias, tanto quanto nas democracias nascentes, governos regulamentam pela pena de morte ou pela gestão da guerra o momento em que grupos ou populações inteiras devem morrer. a morte em escala industrial foi chamada no século 20 de genocídio. no brasil, e outros países pobres, a pena de morte é uma lei não escrita. o genocídio, dos crimes mais hediondos que a racionalidade humana pode conceber, está oculto na oculta pena de fome que atinge as populações enfraquecidas, sejam elas indígenas, negras, ou até mesmo populações de mulheres. qual a lógica que está por trás disto que se tornou a nossa verdadeira "qualidade da vida"?

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